quinta-feira, setembro 14, 2006

A segurança de ter “Seguranças”

Algo que já vi acontecer diversas vezes em eventos é o contingente de seguranças não aparecer completo. Já aconteceu de eu ter sete seguranças de 20 solicitados, mas felizmente nunca tive maiores problemas.

Entre colegas, tenho dois relatos interessantes, onde numa mesma situação a experiência falou mais forte na hora de uma atitude:

O primeiro caso foi em um show de pagode promovido por algumas entidades como rádio, prefeitura local e comércio. A responsabilidade do fornecimento de seguranças foi jogada de uma entidade para outra. No final, conseguiram apenas cinco seguranças para uma apresentação de grupos conhecidos na mídia e um público de 15 mil pessoas.

Por estar em cima de um pequeno morro, a área em frente ao palco somada ao backstage era grande, formava um retângulo de 30 por 40 metros. Os seguranças foram teimosos e não acataram as orientações ao produtor, já que não fora a empresa que dele que os contratara e sim outra entidade. Eles se espalharam pelo backstage e deixaram a frente do palco livre, protegida apenas por grades e barricadas.

Conforme o tempo passou, o público formado por diversas tietes ficou mais cansado e começou a invadir pela frente para ficar mais próximo dos artistas e menos sufocado. Os seguranças não conseguiram contê-lo e mais de 300 pessoas conseguiram invadir enquanto a principal banda tocou. Algumas pessoas acabaram se machucando e outras passando mal, um dos artistas foi agarrado por uma fã histérica e os seguranças só os protegeram e esqueceram do equipamento, que por sorte não foi danificado.

O outro caso ocorreu com um produtor mais experiente. Na época ele trabalhou em um show-missio em uma cidade do nordeste. Os moradores locais, que faziam parte da comissão organizadora do evento, avisaram que a praça ficaria lotada devido à fama dos artistas na região.

Os seguranças também estavam em número reduzido, mas em uma manobra ousada e inteligente, o produtor ordenou que todos fossem proteger a frente do palco e esquecessem os fundos. O motorista do grupo já havia sido orientado para encostar na escada do palco com o carro, quando os artistas chegassem, e ninguém poderia ir ao camarim, por uma questão de segurança, aliás, de falta de seguranças.

Sendo assim, o público não visou o camarim pela falta de movimento, devem ter pensado que eram apenas tendas de apoio à produção. Não houve invasões e tudo correu tranqüilamente, apesar da tensão.

Daqui por diante se eu tiver problemas com a segurança do seu evento, vou me preocupar bem mais com as aparências...

1 Comments:

Anonymous Anônimo disse...

Olá amigo, blza?

Fiquei muito feliz com sua iniciativa do blog e também gostei muito do que vi e li, PARABÉNS!!!

Acredito nos eventos como uma ferramenta de promoção para vários setores e, também, formas de expressão cultural.

Pensando assim, quero provocar e dizer para vc lançar uma nova visão sobre o mundo dos eventos, se for possível realize uma releitura de seus textos e analise: os eventos são éticos? qual o impacto no público? Influencia positivamente a vida das pessoas e dos arredores em que acontecem?

Enfim Pedro, é isso. Sucesso, até mais e qq coisa entre em contato!!!

8:58 AM  

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