O Profissional de Eventos - SPTV 28/04/2006
Aqui está o link: http://gmc.globo.com/GMC/0,,2465-p-MC7-M492399,00.html
Um Log Virtual de Produção de Eventos
Qualquer tipo de microfone sem fio é complicado de se utilizar em grande quantidade, especialmente em uma cidade grande como São Paulo, onde há inúmeros aparelhos que podem causar interferência.
Os aparelhos foram entregues pela empresa e seu técnico explicou a todos os artistas como ele deveria ser utilizado durante a apresentação. Como não estávamos próximos ao centro da cidade, não houveram problemas de interferência com outros aparelhos como rádio, televisão, HTs, etc. apesar das dificuldades para achar as 10 freqüências diferentes.
À frente do nosso palco, foi montada uma extensão sem que soubéssemos anteriormente. Então, a asa de PA ficou atrás da área de atuação dos artistas, dificultando a ação dos técnicos ao tentar impedir a ocorrência de microfonia - para quem não sabe, microfonia é aquele barulhinho incomodo e agudo, ocorre quando o som que sai das caixas entra no microfone alimentando-o.
Ainda por cima os artistas antes de entrar no palco, muitas vezes esbarravam no botão “mute” e não eram ouvidos pelos expectadores e precisavam sempre do auxilio de um contra-regra para alertá-los.
Ao final do evento, a apresentação já estava correndo melhor, pois os artistas se acostumaram a utilizar o headset. O evento foi muito bonito, mas o sistema de som utilizado deixou a desejar.
É por este motivo que em grandes apresentações da Paixão de Cristo, como as que aconteceram no autódromo de Interlagos e na Praça da Sé, com a presença de atores da rede Globo, ou nas apresentações nordestinas na cidade-teatro de Nova Jerusalém, ao invés de utilizar microfones, os artistas atuam em cima de um playback, evitando transtornos.
Jesus crucuficado. Palco 2 águas no fundo, com iluminação feita por lâmpadas PAR 64.
Nesta foto a Queynah está cantando com Thaide. Pode-se observar como ficou a tenda-palco com o piso mal acabado e sem carpete, devido à pressa na montagem.
Aqui o cantor Thaide se encontra na frente do palco. Podemos observar que a iluminação não possui as gelatinas que dão cor às luzes.
Nesta última foto conseguimos ver o público e parte da iluminação feita pelos Set Lights no chão.
Na Virada Cultural de maio de 2006, fui escalado para produzir o evento de Hip Hop que aconteceu no Largo São Bento em frente ao Mosteiro, na região central da cidade, berço do Hip Hop nacional. O evento iniciaria às 20 horas do sábado terminando às 3 horas da madrugada seguinte.
No início tudo estava bem planejado, quando o evento chegou a minhas mãos, quase todo o equipamento estava definido. Eu só precisava confirmar com os fornecedores os horários de montagem. Tive uma reunião in locco com o coordenador geral da Virada para definirmos o lugar ideal para a montagem do palco. Ele gostou da minha idéia - em frente ao centro do mosteiro virado para o Viaduto Santa Ifigênia para: atrair o público vindo daquela região, virar o som para o lado contrário do mosteiro evitando perturbar de mais os monges e deixar livre a saída de carros do mosteiro, além de ficar fotogênico - um palco com o mosteiro no fundo.
Excepcionalmente neste evento, foram escalados para me ajudar, uma assistente de produção, que estudava eventos, trabalhava com eventos hoteleiros, não tinha experiência em shows, porém possuía boa vontade para trabalhar, e um diretor de palco, que já tinha trabalhado na Virada anterior como produtor.
Três dias antes do evento, quando eles se apresentaram, passei a manhã no hospital acompanhando meu pai em uma pequena cirurgia. Minha equipe se apresentou a mim pelo telefone e já marcamos uma reunião com o responsável do mosteiro no período da tarde para definirmos como seria a possível circulação dos carros do mosteiro e a perturbação sonora para os monges residentes no local. O diretor de palco não chegou a tempo e apenas eu e minha assistente nos reunimos com o responsável do mosteiro. Informamos como ocorreria o show, seus horários e estrutura e conseguimos autorização para realizar parte da montagem dentro de sua área cercada, no calçadão.
De volta ao escritório, tínhamos os dois dias subseqüentes para organizar os horários de montagem, separar o material que tínhamos que levar, definir a quantidade de alimentação e água necessárias para a equipe, além de verificar os riders técnicos das bandas.
Para que tudo ocorresse bem, montamos uma pasta com os riders técnicos dos grupos, os cadernos técnicos dos equipamentos contratados e algumas planilhas para nos auxiliar durante o evento:
Tudo acertado nestes dois dias. Cronograma planejado, fornecedores agendados, entrega de material combinada, enfim, tudo organizado para que nada fugisse ao controle. Marcamos a chegada do primeiro fornecedor às 15 horas.
Continua...