quarta-feira, junho 28, 2006

O Profissional de Eventos - SPTV 28/04/2006

Essa matéria saiu hoje no SPTV. Para quem trabalha ou pretende trabalhar com eventos, vale a pena ver.

Aqui está o link: http://gmc.globo.com/GMC/0,,2465-p-MC7-M492399,00.html

Morte aos Headsets

Paixão de Cristo em Parada de Taipas

Na Semana Santa em diversos lugares é encenada a Paixão de Cristo. Assim como no filme dirigido por Mel Gibson, esta peça teatral relata os últimos momentos da vida de cristo e algumas outras estórias bíblicas do antigo testamento.

Certa vez, participei de um evento da Paixão de Cristo fornecendo palco e equipamento de som.

Logo que peguei o pedido para “briefar”, entrei em contato com o pessoal da Paróquia que estava organizando o espetáculo. Eles me informaram que utilizariam 10 microfones do tipo headset, também conhecidos como “madonna” em alusão ao microfone usado pela cantora norte-americana.



Qualquer tipo de microfone sem fio é complicado de se utilizar em grande quantidade, especialmente em uma cidade grande como São Paulo, onde há inúmeros aparelhos que podem causar interferência.

Os aparelhos foram entregues pela empresa e seu técnico explicou a todos os artistas como ele deveria ser utilizado durante a apresentação. Como não estávamos próximos ao centro da cidade, não houveram problemas de interferência com outros aparelhos como rádio, televisão, HTs, etc. apesar das dificuldades para achar as 10 freqüências diferentes.

À frente do nosso palco, foi montada uma extensão sem que soubéssemos anteriormente. Então, a asa de PA ficou atrás da área de atuação dos artistas, dificultando a ação dos técnicos ao tentar impedir a ocorrência de microfonia - para quem não sabe, microfonia é aquele barulhinho incomodo e agudo, ocorre quando o som que sai das caixas entra no microfone alimentando-o.

Ainda por cima os artistas antes de entrar no palco, muitas vezes esbarravam no botão “mute” e não eram ouvidos pelos expectadores e precisavam sempre do auxilio de um contra-regra para alertá-los.

Ao final do evento, a apresentação já estava correndo melhor, pois os artistas se acostumaram a utilizar o headset. O evento foi muito bonito, mas o sistema de som utilizado deixou a desejar.

É por este motivo que em grandes apresentações da Paixão de Cristo, como as que aconteceram no autódromo de Interlagos e na Praça da Sé, com a presença de atores da rede Globo, ou nas apresentações nordestinas na cidade-teatro de Nova Jerusalém, ao invés de utilizar microfones, os artistas atuam em cima de um playback, evitando transtornos.

Jesus crucuficado. Palco 2 águas no fundo, com iluminação feita por lâmpadas PAR 64.


Mária e Jesus - utilizando headset.

Um fornecedor mal escolhido pode acabar com seu Evento (Fotos)

Grafite

Nesta foto a Queynah está cantando com Thaide. Pode-se observar como ficou a tenda-palco com o piso mal acabado e sem carpete, devido à pressa na montagem.

Aqui o cantor Thaide se encontra na frente do palco. Podemos observar que a iluminação não possui as gelatinas que dão cor às luzes.


Nesta última foto conseguimos ver o público e parte da iluminação feita pelos Set Lights no chão.

quinta-feira, junho 15, 2006

Um fornecedor mal escolhido pode acabar com seu Evento (Parte III)

Com a experiência de outros eventos eu sabia que uma tenda poderia ser montada em meia hora se a equipe fosse rápida. Percebendo sua exaustão, por já estarem montando tendas sem descanso há mais de um dia, dei meu rádio para a assistente controlar as coisas e já subi no caminhão para ajudar. Outros funcionários envolvidos como os produtores artísticos, o diretor de palco e o técnico do gerador também vieram. Como não sabíamos montar, apenas descarregávamos o caminhão enquanto os rapazes montavam o palco primeiro. Mas o que eu não sabia, é que o piso elevado, seria praticamente construído na hora, pois os de montar apenas já haviam sido utilizados nos outros eventos.

Meia hora depois a equipe ainda estava montando a primeira tenda, quando chegaram os sanitários químicos. Indiquei sua posição de colocação e fui informado que eu não teria o meu PNE (sanitário para Portadores de Necessidades Especiais), o que achei um absurdo, pois estava confirmado e se aparecesse uma pessoa que necessitasse dele, ficaria pior a imagem do evento. Infelizmente não teve jeito, mas pelo menos não vi ninguém que pudesse necessitar de tal sanitário presente e nem fui informado de nenhuma reclamação.

Como o atraso do evento já era grande, os primeiros artistas começaram a ficar impacientes e protestaram contra o atraso. Após falar com o produtor artístico, o cantor do grupo Z’África, veio falar comigo que se não ficasse pronto logo ele sairia sem tocar. Ele tinha razão, já estávamos com quase 2 horas de atraso e o pessoal da tenda não estava nada rápido. A esta hora já trabalhavam com duas equipes, mas as 2 tendas para palco ainda não estavam prontas. Prometi que ia fazer de tudo para que começasse o mais cedo possível e pedi desculpa pelo atraso que me fugiu ao controle e partir para o cumprimento da promessa. Mesmo sem saber direito o que estava fazendo, botei a mão na massa mais ainda, carreguei a madeira para o piso e com um pedaço de cano de alumínio ajudei a pregar o piso no chão para que fosse mais rápido. Vendo minha atitude, até os técnicos do som e da luz ajudaram, mas sem poder fazer muita coisa por falta de conhecimento do assunto.

Com isso, o cantor do primeiro grupo voltou a mim, e disse que eles iriam tocar de qualquer jeito, pois viram que eu tava “ralando” pra que o show rolasse. Nesta hora me senti orgulhoso e voltei a me dedicar. Em vinte minutos, mesmo sem colocar o carpete no piso do palco, o show começou já com 3 horas de atraso.

Esta foi a deixa começar a montar o camarim, já que apesar de inacabado, não poderia montar mais mexer no palco. O serviço de buffet estava só esperando a montagem para preparar a mesa para os artistas, tínhamos que ser rápidos também. Pedi a montagem das tendas de produção e camarim conjugadas para economizar tempo e suspendi o piso de 10 cm que seria construído na hora e pedi para colocarem somente as folhas de compensado com o carpete colado em cima. Advinha quem carregou os pisos enquanto a tenda era montada... O produtor e seus parceiros – diretor de palco e técnico do gerador. Mas desta vez foi mais rápido, a tenda de camarim ficou pronta logo, enquanto a de produção ficou faltando o teto que foi montado meia hora depois. O buffet montou rapidamente sua mesa com a ajuda da assistente de produção. Agora só faltava buscar a mobília no evento próximo ao meu.

Quando cheguei no Vale do Anhangabaú, vi o tamanho do espelho e da mesa tomei um susto. Ambos eram grandes e não poderiam ser levados nem a pé e nem em uma van. Falei com meu colega responsável deste evento e vimos um furgão da nossa empresa, do setor de elétrica. Com a autorização do motorista, carregamos o furgão, porém a porta não fechava e qualquer batida ou buraco mais forte o espelho poderia se partir com o impacto ou com a torção.

Como o coordenador da Virada estava lá, pedi permissão para assumir este risco. Sua resposta foi simples e direta: “Pra você, hoje, a gente assume qualquer risco”. Tive esta sorte, pois os coordenadores e gerentes de eventos já sabiam o que havia se passado no meu evento e o perrengue pelo qual estávamos passando por lá.

Subi na van para segurar pessoalmente o espelho. Tirei meus sapatos, um daqueles de trekking feitos de couro, e coloquei por baixo do espelho para segurar o impacto e com meu corpo escorei o espelho da mesa enquanto o outro produtor ia segurando a porta da van para não bater no espelho. Fomos, novamente, pelo calçadão para cortar caminho e no final pegamos uma contramão em que um foi na frente do carro para desviar o trânsito. Havia também dois carregadores conosco.

Já no meu evento, rapidamente descarregamos e com a ajuda dos próprios artistas do Z’áfrica consegui espaço para já colocá-lo no camarim. Só os levaríamos de volta quando o evento já tivesse acabado, porém desta vez sem nenhum transtorno.

A partir daí o evento aconteceu mais tranqüilo. Apesar das 3 horas de atraso no início, o evento acabou com uma hora de adianto. Os artistas não tiveram troca de palco, foi natural, um entrava no palco com o outro e depois assumia e assim foi até o final. Porém, nenhum aparentou ter tocado com “tesão”, com o perdão do termo. Pelo contrário, muitas vezes a estrutura foi criticada pelos artistas e vaiada pelo público. No JT saiu até uma matéria sobre a virada cultural com um trecho de uma queixa feita pelo Thaide, artista de maior prestígio que cantou. Felizmente foi um dos poucos pontos da Virada Cultural que deixou a desejar.

E então, fica aqui registrada minha experiência para que ninguém duvide que a escolha dos fornecedores é fundamental para fazer um evento dar certo. Boa Sorte!

Um fornecedor mal escolhido pode acabar com seu Evento (Parte II)

No dia do evento chegou pelo rádio o primeiro problema as onze e meia da manhã. O fornecedor de sanitários químicos chegou adiantado e a polícia não queria deixá-lo descarregar por não ter nenhum responsável do evento no local. Tentei falar com o policial pelo telefone, mas ele não quis me atender. O jeito foi levar os sanitários para outro evento da virada, próximo ao meu e produzido por um colega, para depois deslocá-los quando o caminhão dos sanitários estivesse livre.

Após as 14 horas cheguei no local para esperar os próximos fornecedores. Encontrei com o técnico da iluminação que já me esperava com seu material e o gerador com seu eletricista, e notei que os dois seguranças que já deveriam estar no local não estavam presentes. Em seguida chegaram as grades com meia hora de antecedência e tive que indicar sua distribuição, o que me ocupou a próxima meia hora, quando chegou o produtor artístico um pouco antes de sua colega fotógrafa.

Sua empresa foi o intermédio para a contratação dos grupos que iam se apresentar naquela noite. Nós iríamos montar para exibição dois biombos pretos, com fotos, montados em Z. Os biombos eram extremamente leves e para deixá-los em pé utilizamos duas grades juntas para cada um e os colocamos no meio. Se soubéssemos antes de seu peso, poderíamos ter improvisado a cobertura das grades com tecido-não-tecido (TNT), para melhorar o visual com um baixo custo.

Resolvido o problema dos biombos, entrei em contato com o chefe da segurança para cobrar os homens que não estavam no local. Enquanto isso, recebi dois extintores de incêndio dos bombeiros de minha empresa. Por desatenção, na hora não percebi que os dois eram de água e não poderiam ser utilizados caso pegasse fogo na estrutura elétrica.

Comecei a cobrar as quinze e trinta também o fornecedor das tendas que serviriam de palco, camarim e sala de produção. Ou seja, sem elas, eu não teria onde montar o restante dos equipamentos. Mal sabia eu que o pesadelo estava apenas começando.

Quando eram 18 horas as equipes de seguranças e auxiliares de limpeza estavam pela metade, a iluminação estava sem gelatina, pois haviam esquecido de mandar a lamina que as segura, a mobília para camarim estava em um evento próximo e os sanitários químicos em outro, as tendas que levariam mais de três horas para serem montadas com piso não haviam chegado e os fornecedores de som, kit de DJ e ambulância estavam para chegar.

Em menos de uma hora chegou o fornecedor do equipamento de som com seus três principais técnicos incluindo o dono da empresa. Como a tenda-palco ainda não havia chegado e o tempo estava firme, eles montaram o som no chão para depois terem apenas que deslocá-lo para cima do palanque. Assim que terminou a montagem o som já foi ligado e começou a roda de break (dança típica do Hip Hop) comandada pelo ilustre BBoy Nelson Triunfo.

Quando faltavam 20 minutos para o horário de início do evento o fornecedor das tendas me passou um rádio dizendo que o caminhão estava no início da avenida Nove de Julho, que ficava a aproximadamente um quilômetro do evento. Eles não sabiam como chegar onde eu estava, realmente andar pelo centro de São Paulo é muito complicado, e ela pediu para eu tentar ir pegá-los. Como estava sem carro e teria que perder tempo pedindo para alguém me levar ao local e tentar descobrir o melhor caminho, não pensei duas vezes. Avisei minha assistente que estaria de volta logo e saí correndo em disparada em direção ao caminhão. Entrei no espaço apertado entre os montadores e o motorista e indiquei o caminho que apesar da pouca distância, não era possível fazer em menos de quatro km. Ainda errei duas vezes, pois algumas conversas pelo rádio me desconcentraram, mas compensei pegando um atalho, já que devido ao porte do evento tínhamos autorização para circular nos calçadões.

Chegamos no local do evento às 20 horas em ponto. A partir dali, o tempo que demorasse a começar as apresentações, seria considerado atraso.

Continua...

segunda-feira, junho 12, 2006

Um fornecedor mal escolhido pode acabar com seu Evento (Parte I)

Na Virada Cultural de maio de 2006, fui escalado para produzir o evento de Hip Hop que aconteceu no Largo São Bento em frente ao Mosteiro, na região central da cidade, berço do Hip Hop nacional. O evento iniciaria às 20 horas do sábado terminando às 3 horas da madrugada seguinte.

No início tudo estava bem planejado, quando o evento chegou a minhas mãos, quase todo o equipamento estava definido. Eu só precisava confirmar com os fornecedores os horários de montagem. Tive uma reunião in locco com o coordenador geral da Virada para definirmos o lugar ideal para a montagem do palco. Ele gostou da minha idéia - em frente ao centro do mosteiro virado para o Viaduto Santa Ifigênia para: atrair o público vindo daquela região, virar o som para o lado contrário do mosteiro evitando perturbar de mais os monges e deixar livre a saída de carros do mosteiro, além de ficar fotogênico - um palco com o mosteiro no fundo.

Excepcionalmente neste evento, foram escalados para me ajudar, uma assistente de produção, que estudava eventos, trabalhava com eventos hoteleiros, não tinha experiência em shows, porém possuía boa vontade para trabalhar, e um diretor de palco, que já tinha trabalhado na Virada anterior como produtor.

Três dias antes do evento, quando eles se apresentaram, passei a manhã no hospital acompanhando meu pai em uma pequena cirurgia. Minha equipe se apresentou a mim pelo telefone e já marcamos uma reunião com o responsável do mosteiro no período da tarde para definirmos como seria a possível circulação dos carros do mosteiro e a perturbação sonora para os monges residentes no local. O diretor de palco não chegou a tempo e apenas eu e minha assistente nos reunimos com o responsável do mosteiro. Informamos como ocorreria o show, seus horários e estrutura e conseguimos autorização para realizar parte da montagem dentro de sua área cercada, no calçadão.

De volta ao escritório, tínhamos os dois dias subseqüentes para organizar os horários de montagem, separar o material que tínhamos que levar, definir a quantidade de alimentação e água necessárias para a equipe, além de verificar os riders técnicos das bandas.

Para que tudo ocorresse bem, montamos uma pasta com os riders técnicos dos grupos, os cadernos técnicos dos equipamentos contratados e algumas planilhas para nos auxiliar durante o evento:

  • Uma tabela de horários dos fornecedores - para visualizarmos durante a correria quais deles deveriam estar presentes num horário qualquer e com quais deveríamos entrar em contato em caso de atraso;
  • Um check list - para não esquecer de nenhum dos inúmeros itens que deveriam estar presentes no evento;
  • Uma tabela de contato dos fornecedores;

Tudo acertado nestes dois dias. Cronograma planejado, fornecedores agendados, entrega de material combinada, enfim, tudo organizado para que nada fugisse ao controle. Marcamos a chegada do primeiro fornecedor às 15 horas.

Continua...

sexta-feira, junho 09, 2006

A chuva pode atrapalhar bastante - Show do Cordel do Fogo Encantado

No dia do 452º Aniversário de São Paulo, fiquei com um cerimonial Theatro Mvnicipal com a presença do Governador e onde o Prefeito assinaria alguns decretos, onde estavamos fornecendo apenas um equipamento de som. Fiquei com um evento simples, pois no dia anterior trabalhado em um evento – a eleição do Cidadão e da Cidadã do Samba na quadra da escola de Samba Barroca Zona Sul – que terminou às 6 horas da manhã. Isso me deu a chance de visitar nossos outros eventos.

Quando terminou o meu, resolvi passar noutro próximo ao meu para encontrar um colega que estava o produzindo. Conversamos um pouco e fomos almoçar, encontramos outros amigos no bar e lá fiquei até o início da noite quando fomos todos para o Museu do Ipiranga onde estava nosso maior palco.

Meu irmão e seus amigos estavam no evento, encostados na grade de frente para o palco. Minha namorada também estava lá, me aguardando com um casal de amigos.

Começou a garoar e depois a chover mais forte, então chamei os três, com a autorização dos responsáveis, para ficarem no backstage, dentro do camarim.O que eu não contava, era que os famosos imprevistos iam começar a acontecer. Parte da multidão resolveu se protegeu da chuva em baixo da platéia VIP, um camarote em piso elevado a aproximadamente 3 metros de altura, se embrenhando em sua estrutura de ferro. Não satisfeitas, varias pessoas resolveram subir neste camarote pela parte de trás e a segurança não conseguiu contê-las.

Então um dos coordenadores do meu departamento pediu minha ajuda e a de outros produtores que não estavam ali a trabalho, mas que seriam necessários, e obviamente atendemos de prontidão. Nosso objetivo era distribuir capas de chuva para os convidados da área VIP e evacuá-la, pois estava muito cheia e poderia não resistir indo abaixo.

Não obtivemos êxito.

A Guarda Metropolitana Municipal decidiu evacuar a área e nós precisávamos anunciar. Como só havia a principal banda ainda para tocar, o Cordel do Fogo Encantado, o locutor sumiu e precisávamos pedir pelo microfone para as pessoas evacuarem aquela área. É impressionante como temos medo de falar em público. Ninguém queria falar no microfone para as 15 mil pessoas presentes escutarem.

Eu já havia pensado que um dia isso poderia ocorrer e já havia me preparado psicologicamente pra enfrentar este medo e resolvi assumir a bronca. Pedi o microfone e solicitei a colaboração do povo para evacuar a área.

Meu irmão e seus amigos não acreditaram quando me viram em cima do palco, falando com um microfone na mão. Primeiro riram e em seguida começaram gritar meu nome e foram acompanhados por mais umas 20 pessoas que estavam ao redor deles. Foi bem engraçado e embaraçoso.

Em seguida a GCM chegou e evacuou o local. O show começou com um bom atraso, mas sem maiores problemas. A chuva logo parou e pudemos curtir bem de perto, a poucos metros do palco, o extraordinário show do Cordel do Fogo encantado, com seus instrumentos de percussão, suas poesias e a dramaturgia encenada pelo vocalista Lirinha.



quinta-feira, junho 08, 2006

O QUE É TRABALHAR COM EVENTOS?

- Você trabalha em horários bem estranhos (que nem as putas!)
- Te pagam pra fazer o cliente feliz (que nem as putas!)
- Seu trabalho sempre vai além do expediente (que nem as putas!)
- Você é mais produtivo à noite (que nem as putas!)
- O cliente até que às vezes paga bem, mas o empregador fica com quase tudo (que nem as putas!)
- Você é recompensado por realizar as idéias do cliente (que nem as putas!)
- Seus amigos se distanciam de você e você só anda com outros iguais a você (que nem as putas!)
- Quando vai ao encontro do cliente você tem que estar sempre apresentável (que nem as putas!)
- Mas quando volta, parece saído do inferno (que nem as putas!)
- O cliente sempre quer pagar menos e espera maravilhas de você (que nem as putas!)
- Quando te perguntam em que você trabalha , você se atrapalha e tem dificuldades para explicar (que nem as putas!)
- Se as coisas dão errado é sempre culpa sua (que nem as putas!)
- Todo dia ao acordar você diz:
"NÃO VOU PASSAR O RESTO DA MINHA VIDA FAZENDO ISSO" (que nem as putas!)

terça-feira, junho 06, 2006

2º Salão do Turismo

Hoje fui visitar o Salão do Turismo deste ano. Fiquei aliviado de ver que estava mais vazio que no ano passado. Achei a que não tiveram grandes mudanças, percebi que foi criado o Balcão de Comercialização dos produtos mostrados e que investiram bem na divulgação do programa Vai Brasil (www.vaibrasil.com.br) para mitigar a baixa ocupação dos destinos na baixa temporada.

Não fiquei tão empolgado quanto no ano passado, acho que por que agora o Salão deixou de ser novidade. Penso que deveriam levá-lo também para outras grandes cidades, como Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, outros grandes emissores de turistas.

Observando a parte técnica, achei que estavam bem estruturados os stands, com uso de criatividade, diversas lâmpadas PAR 64 e Moving Lights fazendo a cenografia, além de construções em alegoria aos destinos vendidos no Salão, mas nenhum me chamou muito a atenção.

Os acessos estavam bem sinalizados e o setor gastronômico melhor que o ano passado, pois foi separado do palco onde aconteciam as apresentações culturais da Vitrine Brasil. Porém, a comida servida ainda não tem nada a ver com a da foto do stand.

Já nas palestras, os atrasos e a falta de organização continuam. Os praticáveis ainda estão baixos, não permitindo que as pessoas consigam ver os palestrantes. Colocaram uma estrutura de boxtruss com Setlights viradas para o público que ainda não consegui entender a utilidade, fora a estética que não ficou muito boa. E o Dada Moreira, palestrante cadeirante da ONG Aventura Especial, precisou de uma rampa para subir no praticável que só chegou 40 minutos depois do horário previsto para o início do evento.

Por outro lado, gostei da novidade de haver um interprete de linguagem de sinais para que os deficientes auditivos também possam assistir. Só não sei se isso foi divulgado, pois não vi nenhum presente solicitar.

No geral, houveram pontos bem positivos e alguns poucos negativos neste ano. Não foi um evento surpreendente e nem desastroso, e sim prazeroso de se conferir. Espero que para o próximo ano, se ainda for em São Paulo e eu puder conferir, que alguém tenha alguma idéia genial para que o evento se supere e atraia mais pessoas para conferir os novos Roteiros que estão sendo elaborados.

Onde fui parar...

Na empresa onde labuto, a maior parte dos eventos que participo são de entretenimento como os diversos shows, apresentações artísticas e carnaval. Em função disso me especializo nesta área que contém tão poucas públicações técnicas no Brasil.

Além do entretenimento, fazemos outros tipos de eventos como cerimoniais, eleições, encontros, debates, entrevistas coletivas, palestras, banquetes, feiras de rua, etc.

Trabalhamos com evento desde pequeno até médio porte, o que proporciona grande experiência em uma grande diversidade de áreas de eventos.

Com o decorrer do tempo pretendo relatar experiências sobre toda tipologia trabalhada em meu dia-dia. Aguardem!

sábado, junho 03, 2006

O Desafio da Produção Técnica de Eventos

A Produção Técnica de Eventos se difere da Produção Geral, pois não é quem o projeta e define sua programação. Ela cuida é da infra-estrutura utilizada no evento com base nas necessidades dos artistas, local do evento, público, entre outros fatores. A produção técnica quem define o equipamento necessário para a determinada programação.

A função do produtor técnico é de grande importância, já que em um evento há milhares de pessoas envolvidas. Um simples tumulto pode tirar vidas, como aconteceu na visita da banda RBD ao Brasil em fevereiro de 2006, que ocasionou a morte de três pessoas e deixou 40 feridas. Por isso o produtor deve estar bem preparado e conhecer as diversas leis que regulamentam o setor.

Para trabalhar nesta área é necessário ser uma pessoa organizada, além de ter bom conhecimento sobre os principais equipamentos e serviços que podem ser utilizados - som, iluminação, palco, projeção, equipamentos de logística, ambulância, socorristas, seguranças, bombeiros brigadistas, carries, etc.

Na fase de planejamento do evento, a equipe de produção define a infra-estrutura que será utilizada e planeja o evento para que tudo dê certo. Por este motivo, é necessário ter certa experiência para organizar o evento, assim detalhes quase imperceptíveis, não passam desapercebidos, transformando-se em “bombas” ao decorrer do espetáculo.

Quando o evento é de grande porte e a estrutura utilizada é mais elaborada, conseqüentemente, é comum que os produtores do evento passem diversas horas trabalhando chegando em casos extremos, a ficarem dias seguidos acordados ou dormindo pouquíssimas horas. Durante o evento o produtor técnico deve estar extremamente antenado para qualquer problema que possa ocorrer, a fim de tomar as devidas providências para saná-lo o quando antes e não acarretar nenhum distúrbio perceptível a todos os envolvidos.

Por isso ser um Produtor Técnico de Eventos deixa de ser uma simples profissão e passa ser um desafio, onde as oportunidades somente estarão abertas a quem realmente se dedica de corpo e alma à sua função.

sexta-feira, junho 02, 2006

Entrando no mercado de Eventos

Como estudante de turismo comecei a estagiar em cia aérea e depois passei pela hotelaria e por uma agência de viagens, que achei que fosse aquilo que queria para minha carreira.

Certo dia, fui informado de um concurso público para a empresa de turismo e eventos de minha cidade. Meu objetivo era entrar na área de turismo, porém, resolvi arriscar e me inscrevi também nos cargos de eventos já que este também é matéria do curso de turismo, aliás, a preferida de muitos alunos.

Me dediquei aos alunos, ao contrário de meus colegas de faculdade que planejaram estudos porém não colocaram em prática e por isso me dediquei. Fiquei perto na área que queria mais, porém passei com boa colocação em eventos e agora aqui estou.

Daqui sai minha primeira lição: acredite sempre! Por mais que a vitória não seja certa, tenha a honra e a coragem de dar seu melhor.

Uma vez convocado, me despedi de meus tutores da agência de viagens e mergulhei para descobrir o mundo dos eventos.

Nas primeiras semanas um colega de trabalho, atualmente um grande amigo, me ensinou o que era trabalhar com eventos me dizendo "Sabe qual é o mais legal de trabalhar com eventos? É que se ele foi bom, você vai sair exausto... Mas com um sorrido imenso estampado no rosto!"

E assim entrei nesta atividade que hoje me traz tanto prazer!

quinta-feira, junho 01, 2006

Inauguração do PR Eventos!

Bem Vindo ao PR Eventos!

Este Blog tem a proposta de ser um logblog com minhas mais desafiadoras experiências, desabafos, relatórios e críticas sobre eventos.

Em breve vocês terão meus artigos disponíveis.

Abraços!